Raio-X revela os detalhes de um tapete da Idade de Ferro

Um tapete descoberto em 1947 intrigava os arqueólogos até hoje em dia!
Um tapete descoberto em 1947 intrigava os arqueólogos até hoje em dia!

Os arqueólogos encontraram o Tapete Pazyryk em 1947 e desde então estão curiosos sobre a técnica de tingimento do mesmo. Afinal as cores vivas, amarelo e azul permaneceram por quase 2.500 anos em condições extremas.


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Sobre o tapete

Tapete Pazyryk é o exemplar mais antigo de tapete de lã, está guardado no Museu Hermitage em São Petersburgo, Rússia. O tapete é de 400 a.c, sendo o exemplar de artesanato mais antigo da Ásia Central da Idade de Ferro. Os arqueólogos russos encontraram-no numa tumba kurgan, nas montanhas Altai.

As fibras vermelhas sob o microscópio

A equipa de pesquisadores obtiveram imagens da distribuição de pigmentos da secção transversal de fibras de lã através da microscopia de fluorescência de raios-X de alta resolução.

Então, o estudo concentrou-se nas fibras de lã vermelha, já que este pigmento turco era exclusivamente usado há séculos na Ásia Central e no Extremo Oriente. O vermelho turco é um metal orgânico, de alizarina (das raízes da rose madder) e de alumínio. Dessa forma, as imagens de raio-X mostram como o alumínio é distribuído nas fibras de lã fermentada. Este estudo mostra como os artesãos e mulheres têxteis da Idade do Ferro já usavam técnicas avançadas. Além disso, os arqueólogos podem usar a microscopia de raios-X para analisar melhor os achados.

A lã fermentada não perde a cor

De acordo com o Dr. Karl Meßlinger, ele já havia recebido amostras da lã do tapete em 1991. Junto com Dr.Manfred Bieber, especialista em técnicas de tingimento orientais, descobriram que o tapete tinha uma técnica especial. Basicamente, fermentavam a lã antes de a tingir de qualquer cor, pois, assim, a difusão dos pigmentos é maior. Dessa forma, o pigmento atinge o centro das fibras de lã e cria uma cor mais viva e brilhante.

No processo de fermentação de lã: os artesãos têxteis colocam as lãs tingidas em um campo por várias semanas sob a luz direta do sol. Após isso, colocam-na num celeiro como cama para seus animais antes de lavar a mesma num riacho. Apenas esta lã mantém a cor sem grande alteração.

Esta nova técnica de raios-X será bastante útil para os arqueólogos, uma vez que mostra com mais precisão a composição dos artefatos.


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Anna Shytska
Desde pequena interesso-me por ciência, arqueologia, etc. Sempre que há uma nova descoberta gosto de compartilhar com outros!