Os arqueólogos que trabalhavam na cidade fortificada de Berenike, do Antigo Egito, descobriram o motivo para a cidade ser abandonada, uma erupção vulcânica.
O anquilossauro, dinossauro blindado, conseguia escavar
Sobre a cidade
De acordo com os arqueólogos, o faraó Ptolomeu II Filadelfo fundou a cidade Berenike (Berenice Troglodytica) no século 3 a.C, entre os anos 275 a 260, na costa do Mar Vermelho. Aliás, a cidade recebeu o nome da sua mãe Berenice I. A cidade funcionava como um centro comercial entre a costa Leste da África, Índia e Arábia, com o transporte de elefantes de guerra e mercadorias exóticas. Entretanto, entre os anos 220 e 200 a.C a a população abandonou a cidade, mas foi recuperada anos depois. E no ano 30 a.C, quando o Império Romano anexou o Egito, a cidade tornou-se um porto meridional do império.
A escavação e os resultados
Então, desde 2014 que a equipa de arqueólogos escavam os restos de um portão e uma torre na muralha da fortaleza da Berenike. Marek Wozniak do Instituto de Culturas Mediterrâneas e Orientais e James Harrell Universidade de Toledo lideram a equipa de pesquisa. De acordo com Harrell, encontraram um poço que tem água potável, mas é um pouco salgada.
Apesar de ter água hoje, ele secou entre os anos 220 e 200 a.C e o vento preencheu ele de areia. No poço encontraram duas moedas de bronze que datam de anos anteriores à 199 a.C, já na outra parte da cidade existem poucos artefatos dessa época, o que sugere o abandono da cidade.
De acordo com o Wozniak, as pessoas abandonaram Berenike por causa de uma forte seca que veio depois de uma erupção vulcânica. Em 209 a.C aconteceu uma erupção vulcânica que libertou grande quantidade de gás e cinzas para a atmosfera. Por isso, aconteceu uma mudança de clima no nordeste da África e enfraqueceu a enchente anual do Nilo. Com a seca fecharam a rota do deserto para Berenike e as longas rotas marítimas das quais a cidade dependia. Aliás, não se tem a certeza sobre qual vulcão entrou em erupção nesse ano, mas, sabemos mais efeitos das erupções vulcânicas sobre as cidades, como já aconteceu na Pompéia.
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