A Europa medieval era uma época muito perigosa para ter filhos, com grandes riscos para a mãe e o filho. As mulheres morriam muito nessa época, devido a complicações nos partos, infeções pós-parto, prolapso uterino, etc.
Pegadas humanas em Ojo Guareña Karst
Os talismãs criados
Entretanto, para ajudar as mulheres, a Igreja Pré-Reformada na Inglaterra, criou vários talismãs com a esperança de um parto mais seguro. Assim, começaram a entregar o cinto de parto, feito de diferentes materiais, como seda, papel e pergaminho, infelizmente, poucos restaram depois da reforma. Embora tenha registo do uso dos mesmos e de outros medicamentos, há poucas evidências das mulheres com este tratamento.
A pesquisa e os resultados
Dra. Sarah Fiddyment, da Universidade de Cambridge, liderou a equipa dos pesquisadores da análise biomolecular de uma cinta de parto de pergaminho, da coleção Wellcome MC 632. Este estudo foi publicado na Royal Society Open Science. De acordo com Fiddyment, estas cintas eram usadas durante a gravidez e o parto, mas não existiam provas claras do seu uso. Entretanto, muitas delas têm orações para a proteção da mulher em geral, além disso, tem vários santos relacionados à mulher e ao parto.
A cinta análisada é muito interessante, porque tem sinais de uso. Pois, algumas das imagens e textos têm marcas e manchas de uso. Além disso, Fiddyment disse que, não sabem como as mulheres usavam exatamente as cintas, mas têm algumas teorias. Devido ao tamanho delas, longas e finas, é possível que as usavam como um cinto de castidade ou cinta, para ajudar as mulheres durante a gravidez.
Ao analisarem as proteínas encontradas nas manchas em geral, perceberam que as células humanas do fluido cérvico-vaginal eram as mais encontradas. Dessa forma, concluíram que realmente a utilizaram durante a gravidez e o parto. Além disso, encontraram proteínas não humanas, mel, leite e plantas, estas estão em todos os textos sobre o parto, o que reforça a teoria do uso desta cinta e de outras encontradas.
Por fim, este é o primeiro estudo que usa métodos não invasivos para a deteção de proteínas, assim conseguem fazer estudos mais detalhados, sem danificar nada e com provas melhores.
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